A Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA, na sigla em inglês) custará US$ 778 bilhões (cerca de R$ 4,43 trilhões) aos cofres norte-americanos, escreve o Wall Street Journal.
A votação terminou em 89 a dez, com forte apoio de democratas e republicanos para a legislação que autoriza o financiamento e define as políticas para o Departamento de Defesa no próximo ano.
Ao autorizar o NDAA de 2022 no valor de US$ 778 bilhões (cerca de R$ 4,43 trilhões), o Senado requisitou US$ 25 bilhões (cerca de R$ 142,5 bilhões) a mais do que Biden previra, e cerca de 5% a mais do que o orçamento do ano passado.
Senado dos EUA em Washington . Foto de arquivo
© AP Photo / J. Scott Applewhite
O novo orçamento não inclui sanções contra a dívida soberana russa ou sanções contra o gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) da Rússia, apesar das tentativas dos legisladores de adicioná-las ao longo dos últimos meses.
O gasoduto Nord Stream 2, projetado para fornecer gás russo diretamente à Europa Central, gerou um acalorado debate entre parlamentares dos EUA. Alguns alegaram que Moscou usará o gasoduto para minar a segurança energética da Europa.
A Rússia, por sua vez, tem enfatizado repetidamente que o projeto Nord Stream 2 é puramente econômico e não deve ser politizado.
Apesar de não atingir o projeto do gasoduto, a legislação autoriza US$ 4 bilhões (cerca de R$ 22,8 bilhões) para a Iniciativa Europeia de Dissuasão, e US$ 300 milhões (R$ 1,7 bilhão) para a Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia, que fornece apoio às forças ucranianas, além de US$ 150 milhões (R$ 855,4 milhões) para a cooperação de segurança no Báltico.
Para conter a China
O NDAA ainda destina US$ 7,1 bilhões (R$ 40,4 bilhões) para operações na região do Indo-Pacífico, com o objetivo de fortalecer os Estados Unidos contra a China para a Iniciativa de Dissuasão do Pacífico.
O documento instrui Biden a desenvolver uma estratégia específica contra a China, e também instrui o Departamento de Defesa a reunir relatórios sobre as atividades do governo chinês, que vão desde tecnologias de modernização a desenvolvimentos de segurança e militares.
A nova legislação também inclui a proibição de o Departamento de Defesa adquirir produtos feitos com trabalho da região de Xinjiang.
Marinheiros americanos designados para o destróier de classe Arleigh Burke, USS John S. McCain, abaixam o mastro enquanto o navio se dirige para uma patrulha de rotina na região Indo-Ásia-Pacífico. Foto de arquivo