Panorama internacional

Washington diz estar 'totalmente preparado' para cancelar sanções contra Teerã

A representante permanente dos EUA na ONU assegurou que Joe Biden está pronto "para que os EUA retomem o cumprimento [do acordo nuclear], desde que o Irã faça o mesmo".
Sputnik
Os EUA estão "totalmente preparados" para cancelar as sanções contra o Irã no quadro do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), firmado em 2015, afirmou na terça-feira (14), Linda Thomas-Greenfield, representante permanente dos EUA na ONU, durante uma reunião do Congresso de Segurança.
Segundo assegurou, o presidente do país, Joe Biden, está pronto "para que os EUA retornem e mantenham o cumprimento [do acordo], desde que o Irã faça o mesmo".
"Estamos completamente preparados para cancelar as sanções incompatíveis com nossos compromissos do JCPOA, que permitiria ao Irã receber os benefícios econômicos do acordo. E estamos convencidos de que, se o Irã encarar as conversações em Viena com urgência e de boa fé, podemos alcançar e implementar rapidamente um entendimento sobre o retorno mútuo", declarou.
No entanto, Thomas-Greenfield observou que Teerã adotou uma posição pouco sensata nas negociações internacionais de Viena sobre o programa nuclear do Irã após uma pausa de cinco meses, destinadas a convencer o país da necessidade de assumir obrigações de não desenvolver armas nucleares.
"Não podemos permitir que o Irã acelere seu programa nuclear e retarde sua diplomacia nuclear [...] Lamento informar que isso é exatamente o que parece estar acontecendo nas conversações do JCPOA em Viena. O Irã saudou a retomada das conversações com novas provocações nucleares e continuou a assumir posições vagas, pouco realistas, maximalistas e pouco construtivas sobre as questões nucleares e as sanções nas conversações", afirmou a diplomata.
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Por sua vez, um funcionário de alto escalão do Ministério das Relações Exteriores do Irã declarou no início do mês, que a "relutância" dos EUA em abandonar completamente as sanções impostas contra a República Islâmica, é o "maior obstáculo" para avançar nas atuais negociações sobre o JCPOA.
O representante governamental iraniano manifestou que "o caminho estará aberto até o alcance imediato de um acordo" sempre e quando Washington "abandonar a campanha de máxima pressão e as partes europeias mostrarem a vontade política necessária".
Além disso, Teerã insistiu na impossibilidade de retomar o acordo nuclear de 2015 "sem um cancelamento verificável e efetivo de todas as sanções".
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