Fuzileiros navais dos EUA: veículos de assalto anfíbios retirados de destacamentos regulares

Os veículos de assalto anfíbios foram retirados de operações marítimas "regularmente programadas" devido a problemas de funcionamento, incluindo fatais, disse o Corpo dos Fuzileiros Navais norte-americano.
Sputnik
Os fuzileiros navais dos EUA retiraram permanentemente veículos de assalto anfíbios (AAV, na sigla em inglês) e veículos de combate anfíbios (ACV, na sigla em inglês) de "destacamentos regularmente programados" devido a acidentes fatais e custos de manutenção dos veículos, referiu o Corpo de Fuzileiros Navais ao portal Marine Corps Times, citado na quarta-feira (15) pela mídia.
"Tendo em conta o atual estado do programa de veículos anfíbios (o programa que gere tanto os AAV como os ACV), o comandante dos Marines decidiu que os AAV não voltarão a servir como parte de destacamentos regularmente marcados ou treinar na água durante exercícios militares", comunicou o major Jim Stenger, porta-voz do Corpo de Fuzileiros Navais, em um e-mail de quarta-feira (15) ao Marine Corps Times.
Esta decisão poderia ter sido influenciada pelo afundamento de um AAV em 30 de julho de 2020, que matou oito fuzileiros navais e um marinheiro, apesar de o Corpo de Fuzileiros Navais retomar as operações com os veículos na primavera norte-americana de 2021, acreditando que os problemas mecânicos foram, entretanto, resolvidos. Além disso, em setembro de 2021, o substituto dos AAV, o ACV, foi retirado devido a problemas com seu mecanismo de reboque.
No entanto, o órgão militar não referiu a razão para a retirada dos AAV e recusou responder se ainda havia algum veículo de assalto anfíbio operacional.
Perda total: Marinha dos EUA 'desmanchará' navio anfíbio após este queimar por 4 dias
A inspeção dos AAV levou à descoberta que quase todos os veículos deixavam entrar água em "taxas inaceitáveis", que apenas dez dos quase 200 veículos do 3º Batalhão de Assalto Anfíbio passaram na inspeção mais intensa e que cada hora de operação requeria oito horas de manutenção. A idade dos veículos, usados desde o período da Guerra do Vietnã, foi apontada como a principal causa disso.
Apesar de os AAV não poderem participar de "destacamentos regularmente programados", os fuzileiros navais deverão treinar neles para operações terrestres "e estão prontos para serem destacados se surgir uma crise".
Stenger relatou que os ACV estão igualmente proibidos de conduzir operações na água, indicando o "mecanismo de reboque" como a razão para tal, mas esperando que o problema seja resolvido até o início de 2022.
Comentar