Comandantes militares dos EUA no oceano Pacífico construíram uma ferramenta para prever como o governo da China reagirá a diversas ações norte-americanas na região, relata na quinta-feira (16) a agência britânica Reuters.
Kathleen Hicks, vice-secretária da Defesa dos EUA, foi informada sobre a ferramenta durante uma visita de terça-feira (14) ao Comando Indo-Pacífico norte-americano no Havaí.
"Com o alcance do conflito e o desafio se alargando até a zona cinza, o que você vê é a necessidade de olhar para um leque de indicadores muito maior, os interligar e depois compreender a interação da ameaça", comentou ela a bordo de um jato militar a caminho da Califórnia, EUA.
A ferramenta calcula a chamada "fricção estratégica", usando informações desde o início de 2020, e avaliando as atividades que podem afetar as relações sino-americanas, tais como o envio de armamentos ou diplomatas a Taiwan, ou a passagem de navios de guerra pelo estreito de Taiwan.
O objetivo do software é "assegurar que os Estados Unidos não perturbam a China inadvertidamente com suas ações", sendo que "permitiria às autoridades dos EUA antecipar as possíveis ações quatro meses antes de elas acontecerem", de acordo com Hicks.