A Rússia vendeu mais US$ 198 milhões (R$ 1,12 bilhão) em títulos do Tesouro dos EUA em outubro, reduzindo esse portfólio para US$ 3,72 bilhões (R$ 21,12 bilhões), revelaram na quarta-feira (15) dados do Departamento do Tesouro norte-americano.
As informações indicam que os investimentos russos nesses títulos têm se reduzido durante vários meses.
A Rússia tem diminuído sua participação no mercado financeiro dos EUA desde 2018, quando detinha US$ 96 bilhões (R$ 545,08 bilhões) em ativos desse tipo, uma redução de cerca de 96%.
Além desta dissociação, a Rússia tem reduzido a proporção dos dólares dos EUA no Fundo de Riqueza Nacional, que caiu para zero em julho, sendo substituídos por euros, yuanes, ienes japoneses e ouro. Moscou também tem reduzido ao máximo seu uso de dólares em negócios com os principais parceiros comerciais, como a China, Índia e a Turquia. Em 2019 a Rosneft, a maior empresa de petróleo e gás do mundo em produção petrolífera e reservas totais, passou a usar exclusivamente euros em contratos de exportação.
Em abril, após uma nova rodada de sanções dos EUA à Rússia, que visava a dívida soberana russa, Dmitry Peskov, porta-voz presidencial russo, relatou que outros países pelo mundo afora começariam reduzindo suas participações em moeda norte-americana assim que as pessoas começassem a duvidar de sua estabilidade.
No entanto, a China e o Japão têm continuado aumentando seus investimentos no mercado acionista dos EUA, com o valor dos da primeira crescendo de US$ 1,047 trilhão (R$ 5,94 trilhões) para US$ 1,065 trilhão (R$ 6,05 trilhões), enquanto os do segundo subiram de US$ 1,299 trilhão (R$ 7,38 trilhões) para US$ 1,32 trilhão (R$ 7,49 trilhões).
O valor total dos títulos financeiros do país norte-americano totalizou US$ 7,648 trilhões (R$ 43,42 trilhões) em outubro de 2021, mais que os US$ 7,549 trilhões (R$ 42,86 trilhões) de setembro.