Liderados pelos representantes Jim McGovern, Barbara Lee, Bobby Rush e o presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, Gregory Meeks, um total de 114 parlamentares enviaram uma carta ao presidente Joe Biden.
No documento, eles pedem para que o presidente dos EUA promova uma política para Cuba que atenda "as necessidades humanitárias, a crise econômica e o compromisso em áreas de interesse mútuo".
A carta dos parlamentares foi enviada oportunamente em comemoração ao sétimo aniversário do restabelecimento das relações diplomáticas entre Washington e Havana, acordo celebrado entre Barack Obama e Raúl Castro.
Segundo o texto, "a atual situação humanitária em Cuba é cada vez mais grave em termos de escassez de bens e alimentos, assim como a diminuição do acesso aos suprimentos médicos em meio à pandemia de COVID-19".
Diante deste cenário, eles instam o governo Joe Biden a tomar medidas imediatas para suspender as regulamentações norte-americanas que impedem que alimentos, remédios e outras ajudas humanitárias cheguem ao povo cubano.
Os representantes pedem um compromisso bilateral sobre migração, meio ambiente, segurança e saúde. Eles também observam que as comunicações e o acesso à Internet aumentaram como resultado direto da política de compromisso sob a administração de Barack Obama.
Em 7 de setembro de 2021, Joe Biden, oficializou a prorrogação por mais um ano do embargo econômico contra Cuba, sob a Lei de Comércio com o Inimigo, um dos estatutos de Washington que regulamenta as restrições comerciais de Havana.
A imposição, prevista no Ato de Comércio com o Inimigo, deveria expirar em 14 de setembro de 2021, mas foi renovada até 2022.
Aproveitando o clamor das declarações de diversos parlamentares democratas nos EUA pedindo diálogo com Cuba, o chanceler cubano Bruno Rodríguez escreveu em suas redes sociais que a "politicagem e o oportunismo baratos ditam as posições da política externa dos EUA".
Os Estados Unidos não podem apresentar evidências confiáveis que justifiquem a inclusão de Cuba na lista unilateral do Departamento de Estado de países supostamente patrocinadores do terrorismo. A politicagem e o oportunismo baratos ditam as posições da política externa dos EUA.