Segundo informações da Associated Press, o acordo ainda depende da aprovação por dois terços do Parlamento dinamarquês. Contudo, a imprensa no país escandinavo afirma que ele será aprovado.
A partir deste acordo de "exportação" de presos, a Dinamarca tenta desestimular refugiados a buscarem asilo em seu território.
De acordo com o Ministro da Justiça kosovar, os prisioneiros enviados ao Kosovo não serão terroristas nem prisioneiros perigosos.
O contrato com o Kosovo segue no esteio de uma série de medidas aprovadas pelo governo dinamarquês sobre a imigração ilegal, inclusive uma lei aprovada em junho que determina que todos os prisioneiros que pedirem asilo no país serão enviados para um centro fora da União Europeia, enquanto aguardam o processo.
No caso dos 300 detentos estrangeiros que poderiam ser enviados para Kosovo, fora das fronteiras do bloco europeu, todos serão deportados para seus países de origem após cumprirem suas penas.
Eles ficarão em uma prisão do leste do país e estarão sujeitos às leis dinamarquesas, ainda que todos os guardas da prisão sejam kosovares.
As autoridades dinamarquesas pretendem pagar € 210 milhões (R$ 1,34 bilhão) ao Kosovo por este serviço.
O acordo também prevê uma ajuda de € 6 milhões (cerca de R$ 40 milhões) por ano para que o país invista na transição ecológica.
O sistema energético kosovar, totalmente baseado na produção de carvão, está em crise, produzindo apenas 60% do consumo diário, o que resultou em cortes diários de energia.