"A intensidade dos voos realizados pela inteligência dos EUA e a aviação estratégica tem aumentado no espaço aéreo da Polônia, perto da fronteira de Belarus, o que permite a realização de reconhecimento óptico-eletrônico das nossas regiões ocidentais e reconhecimento eletrônico de todo o território do país. Adicionamos o componente militar às atividades de nosso serviço de fronteiras", disse o general em entrevista ao jornal Natsionalnaya Oborona.
Ele citou dados mostrando um contingente de 4.000 soldados americanos perto da fronteira entre a Polônia e Belarus.
O novo acordo de cooperação entre os EUA e a Polônia no domínio da defesa, assinado em agosto do ano passado, permite que os EUA aumentem suas tropas em 1.000 soldados e melhorem a infraestrutura militar existente para implantação de cerca de 20.000 militares. Este número, de acordo com Archakov, é comparável ao "exército de um país inteiro".
O general acrescentou que o atual reequipamento das Forças Armadas polonesas está sendo feito pelo complexo militar-industrial americano e inclui dotações para o período 2021-2035 no valor de aproximadamente US$ 133 bilhões (R$ 756,3 bilhões).
"É óbvio que os interesses da Polônia e dos EUA coincidiram na região da Europa de Leste. Os EUA veem a presença de suas tropas em território polonês como uma 'ferramenta para deter Moscou'", concluiu Archakov.
Nas últimas semanas, milhares de migrantes têm tentado atravessar a fronteira entre Belarus e a União Europeia. Bruxelas acusa o presidente do país, Aleksandr Lukashenko, de abrir deliberadamente a fronteira, incitando os migrantes de países afetados por conflitos a entrarem na UE, a fim de desestabilizar a situação.