Panorama internacional

Legislador da Alemanha descarta que Nord Stream 2 seja 'um projeto exclusivamente econômico'

A Alemanha defende a segurança energética da Ucrânia e diz que o Nord Stream 2 não pode afetar o fluxo de gás ao vizinho da Rússia, enquanto Moscou responde que o atual contrato com Kiev se mantém.
Sputnik
O gasoduto russo Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) não é só um projeto econômico, de acordo com Michael Roth, legislador do Partido Social-Democrata da Alemanha.
"Devo admitir [...] que o Nord Stream 2 não é um projeto exclusivamente econômico, porque quando você tem companhias de 12 Estados-membros da União Europeia participando dele, então, claro, tem um efeito político, e este é um problema que causa dor de cabeça a muitos na União Europeia", comentou no domingo (19) Roth em entrevista à rádio Deutschlandfunk.
Após o jornalista referir que suas palavras vão contra anteriores afirmações de Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, sobre a certificação da operadora Nord Stream 2 AG não ser afetada pela política, o político respondeu que ele interpretou de forma diferente as palavras do chefe de Estado alemão.
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Segundo Michael Roth, Scholz estava falando da certificação pela Agência da Rede Federal, que é um processo apolítico, acrescentando que a Alemanha estava defendendo a segurança energética da Ucrânia, e que "quando o gás fluir pelo gasoduto à Alemanha e a Europa, isso não deve afetar a Ucrânia".
O Nord Stream 2 é uma joint-venture das empresas Gazprom, Royal Dutch Shell, OMV, Engie, Uniper e Wintershall. O gasoduto está pronto para transportar gás natural da Rússia à Alemanha através do fundo do mar Báltico. Em 10 de setembro a Gazprom, empresa estatal de gás russa, anunciou o fim da construção do gasoduto.
Kiev tem se oposto ao projeto por preocupações de que isso permitirá à Rússia entregar seu gás diretamente à Europa, contornando a Ucrânia. Moscou tem sublinhado frequentemente que o trânsito de gás à Europa através da Ucrânia continuará durante toda a vigência do atual contrato, e que mesmo depois de ela terminar a Rússia não planeja abandonar o trânsito ucraniano.
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