O PION-BR1 foi desenvolvido durante sete meses pelos fundadores da startup PION Labs, Calvin Trubiene, Bruno Pinto Costa, Gabriel Yamato e João Pedro Vilas Boas.
Ele tem o objetivo de estudar a capacidade de comunicação de longa distância, escreve o portal Aeroflap. Estima-se que a vida útil do equipamento seja de até dois anos, quando ele entrará na atmosfera e se desintegrará em função da alta temperatura.
Após o seu lançamento na Flórida, nos EUA, o PION-BR1 tentará obter uma herança de voo, que consiste no recebimento e análise de dados sobre a capacidade de comunicação e monitoramento de subsistemas, temperatura interna e externa, capacidade de bateria, entre outras questões.
Lançamento do foguete Falcon 9 com a tripulação Inspiration4 a partir do Cabo Canaveral, 15 de setembro de 2021. Foto de arquivo
© REUTERS / Joe Skipper
O dispositivo é considerado um pico satélite, também chamado de "PocketQube", de apenas 125 cm³. Toda a montagem do equipamento foi feita em um laboratório em São Caetano do Sul, em São Paulo.
Chamar o equipamento e a startup de PION é uma homenagem ao físico brasileiro César Lattes, um dos responsáveis pela descoberta da partícula subatômica.
A trajetória do grupo iniciou em 2017, com o desenvolvimento de foguetes para a Spaceport American Cup (SAC), que acontece anualmente nos Estados Unidos.
Em 2020, venceram a licitação da Olimpíada Brasileira de Satélites MCTI, em que disponibilizaram kits educativos para facilitar a aprendizagem baseada em projeto de missão espacial, de onde se origina toda a verba para o financiamento do desenvolvimento do PION-BR1 e seu lançamento.