As declarações foram feitas nesta terça-feira (21) pela secretária de Estado adjunta para Assuntos Europeus e Euroasiáticos, Karen Donfried, durante coletiva de imprensa.
"Nós estamos preparados para discutir as propostas que a Rússia colocou na mesa. Existem alguns pontos que estamos preparados para trabalhar e acreditamos que exista mérito em ter discussões nesses três formatos (engajamento bilateral, pelo Conselho OTAN-Rússia e pela OSCE, a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa)", explicou a secretária.
Donfried também disse acreditar que "conversas bilaterais sobre segurança, entre Estados Unidos e Rússia, venham a acontecer em janeiro de 2022."
Sobre o clima entre os dois países, a secretária comentou que "conversas mais construtivas vão acontecer em um ambiente de calma ao invés de escalonamento". Ela informou ainda que os Estados Unidos continuam a enviar ajuda militar à Ucrânia, e que a última remessa aconteceu na semana passada.
Sobre mudanças na política de envio de tropas a países da OTAN, Donfried não deu garantias.
"Essa será uma conversa que teremos no contexto da OTAN, sobre a postura de emprego da nossa força, se ela atualmente é apropriada para os desafios que enfrentamos. [...] Mas não tenho nenhum anúncio para fazer hoje sobre uma mudança nessa postura", disse a secretária.
O pedido de acordo
Entre as medidas sugeridas pela Rússia aos países membros da OTAN estão: criar linhas diretas para contatos de emergência e não implantar armas e forças em áreas onde isso seria considerado pela outra parte uma ameaça. Outro ponto é a abstenção da presença de navios de guerra em zonas fora das águas nacionais, a partir das quais possam atingir alvos no território da outra parte.
Diretamente para a OTAN, a Rússia pede o término de todas as atividades militares na Ucrânia, Leste da Europa, Transcaucásia e Ásia Central.
Especificamente aos Estados Unidos, estão pedidos de comprometimentos como: cancelar a futura expansão da OTAN para leste e a rejeitar a adesão de países pós-soviéticos à Aliança. Além de garantias de que não serão estruturadas bases militares em países pós-soviéticos, entre outras medidas.