O pacote de ajuda social dos Estados Unidos para mitigar as consequências da pandemia da COVID-19 desencadeou uma onda de atividades criminosas responsáveis por fraudes que, segundo estima o serviço secreto, chegam aos US$ 100 bilhões (R$ 574,5 bilhões).
O Congresso aprovou a Lei de Ajuda, Socorro e Segurança Econômica (CARES, na sigla em inglês) de US$ 2,2 trilhões (R$ 12,6 trilhões) em março de 2020.
Do total, quase US$ 349 bilhões (R$ 2,005 trilhões) foram reservados para empréstimos para socorrer pequenos empresários. Outros US$ 300 bilhões (R$ 1,7 trilhão) foram aprovados posteriormente.
Cheque com auxílio financeiro para cidadãos norte-americanos assinado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em residência de beneficiário, San Antonio, California, EUA, 23 de abril de 2020 . Foto de arquivo
© AP Photo / Eric Gay
A Fox News apurou que o serviço secreto tem mais de 900 investigações criminais ativas sobre possíveis fraudes nos pagamentos de socorro relacionados à pandemia.
Os EUA estabeleceram uma Força-Tarefa de Fraude Cibernética (CFTF, na sigla em inglês) em parceria com os estados do país, bem como com parceiros estrangeiros de aplicação da lei, acadêmicos e o setor privado, para combater as ilegalidades.
Parte desses esforços também incluem a condução de investigações de criptomoedas que moveram fundos roubados de uma conta para outra, tendência que também aumentou durante a pandemia, aponta a reportagem.
Até dezembro de 2021, o serviço secreto afirma ter recuperado mais de US$ 1,2 bilhão (R$ 5,74 bilhões) e devolvido mais de US$ 2,3 bilhões (R$ 13,2 bilhões) em fundos obtidos de forma fraudulenta.
Em meio às investigações, aproximadamente 100 pessoas foram presas sob acusações de fraude em empréstimos.