Ciência e sociedade

Cometa raro cruza céu do Rio de Janeiro e é flagrado lado a lado com Cristo Redentor (FOTOS, VÍDEOS)

O fenômeno foi de difícil visualização por conta da grande quantidade de luzes da capital fluminense.
Sputnik
O cometa Leonard, também conhecido como "cometa de Natal", foi descoberto em janeiro deste ano pelo astrônomo Gregory Leonard no observatório Monte Lemmon, no estado norte-americano do Arizona.
De acordo com informações da NASA, o astro é formado por uma combinação de poeira estelar, rochas e gelo, com aproximadamente um quilômetro de largura.
O fotógrafo Marcello Cavalcanti se preparou com antecedência e conseguiu fotografar o cometa lado a lado com Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
Fotógrafo flagra o cometa Leonard lado a lado com Cristo Redentor
"O ideal é sair da cidade para poder fotografar ou ver a olho nu, mas em lugares muito escuros, tipo Região Serrana, Região dos Lagos. Mas, com um equipamento profissional e sabendo localizar o cometa no céu, você consegue fotografar mesmo em lugares iluminados como o Rio de Janeiro [...]. Hoje eu me planejei para vir aqui ao Mirante Dona Marta para tentar fotografar ele passando próximo ao Cristo. É um planejamento muito difícil, muito detalhado", explicou o fotógrafo em entrevista ao portal G1.
Com nome oficial de C/2021 A1, o cometa é do tipo "longo período", o que significa que o astro viaja a velocidades altíssimas e tem uma órbita prevista de cerca de 80.000 anos.
A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) divulgou um vídeo, mostrando a trajetória do cometa, gravado entre os dias 17 e 19 de dezembro pelo SOLO, um satélite artificial de observação solar operado pela ESA em conjunto com a NASA.
O astro esteve mais perto da Terra no dia 12 de dezembro, e pode ser visto com mais nitidez no hemisfério norte.
Porém, astrônomos calculam que essa é nossa única oportunidade de observar o cometa Leonard. A previsão dos cientistas da NASA é de que após passar o mais próximo do Sol no dia 3 de janeiro de 2022, o cometa e sua calda serão ejetados do Sistema Solar em direção ao espaço interestelar, para nunca mais voltar, isso caso não seja desintegrado pelo calor da nossa grande estrela.
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