O Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya e o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo), investidor nas vacinas Sputnik V e Sputnik Light, anunciaram terem publicado o artigo "Dose de reforço Sputnik Light após vacinação com Sputnik V induz uma resposta robusta de anticorpos neutralizantes à variante B.1.1.529 (Ômicron) do SARS-CoV-2" no site medRxiv.
Segundo a pesquisa preliminar feita pelo Centro Gamaleya, o imunizante Sputnik V e a dose única de reforço da Sputnik Light, baseada no adenovírus recombinante humano do serotipo 26 (Ad26), primeiro componente da Sputnik V, são eficazes contra a variante Ômicron da COVID-19, provendo melhor proteção em comparação a outras vacinas. Dose de reforço heteróloga com a Sputnik Light é uma solução para aumentar a eficácia de outros imunizantes, inclusive contra a Ômicron, e estender o período de proteção pela dose de reforço.
A vacina Sputnik Light como dose de reforço aumenta significativamente a atividade neutralizadora contra a nova cepa do vírus Ômicron com base em soros 2-3 meses após a revacinação e é um reforço universal para outras vacinas induzindo uma resposta mais forte dos anticorpos e células T.
A dose de reforço da Sputnik Light é recomendada para ampliar significativamente a eficácia das vacinas contra a Ômicron. Reforçar com a Sputnik Light, bem como com outras doses heterólogas, pode reforçar e adiar a perda de eficácia de muitas vacinas ante a combinação das cepas Delta e Ômicron.
Cada vez mais países estão usando a Sputnik Light como vacina autônoma, assim como vacina de reforço, inclusive contra a variante Ômicron. A eficácia esperada da Sputnik V com reforço da Sputnik Light contra a nova cepa pode ser superior a 80%. Nesta terça-feira (21), a Venezuela recebeu sete milhões de doses da vacina russa Sputnik Light, tornando esta "a maior remessa da vacina russa de dose única até hoje", segundo o RFPI. Atualmente, o imunizante já foi registrado em mais de 20 países – incluindo Argentina, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Filipinas e San Marino.