A Arábia Saudita havia apresentado aos houthis um ultimato de seis horas na quinta-feira (23) para retirar as armas do complexo esportivo Al Thawra, que é o território da seleção iemenita de futebol.
Com o fim do prazo, as forças sauditas voltaram a atacar Sanaa, pelo segundo dia consecutivo. Fotos e vídeos postados nas redes sociais capturaram uma enorme explosão causada pelos ataques, bem como várias outras explosões menores que provavelmente seriam munições armazenadas.
A Arábia Saudita deu um ultimato de 6 horas à milícia houthi apoiada pelo Irã para remover suas armas do estádio de futebol de Sanaa ou ele será bombardeado! O ultimato acabou e os jatos sauditas o bombardearam minutos atrás! Explosões secundárias são evidências da presença de armas!
As bombas sauditas caíram em outros lugares da capital também. Um vídeo mostrou uma enorme cratera em uma rua, alegadamente causada por um ataque aéreo.
Uma filmagem feita esta noite (23) após um ataque aéreo saudita a uma área residencial no centro da capital Sanaa.
De acordo com a agência Al Arabiya, os ataques aéreos tinham como alvo transferências de armas em andamento, e que as armas haviam sido movidas para o campo de Al Thawra pelos houthis antes do prazo saudita.
Imagens do bombardeio da Coalizão Árabe ao estádio esportivo Al Thawra, em Sanaa, no Iêmen.
A Força Aérea Real Saudita ataca a cidade de Sanaa há dias. A coalizão saudita para o Iêmen, que inclui o governo do presidente iemenita Abd Rabbuh Mansur Hadi, vem perdendo poder político para os houthis.
O grupo capturou grande parte da zona rural, mas a cidade central de Ma'rib permanece apenas sob seu controle parcial. A guerra começou em março de 2015, quando a coalizão de Estados árabes muçulmanos sunitas, liderada por Riad, lançou uma campanha militar para restabelecer o poder do presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi.
O bloqueio saudita e a campanha de bombardeios criaram uma enorme crise humanitária no Iêmen, onde cerca de 377.000 pessoas morreram, a maioria delas de causas indiretas criadas por falhas de infraestrutura, fome e doenças.