"Esta é a primeira vez que um vestígio de campo magnético foi detectado diretamente em um planeta fora do Sistema Solar. Um forte campo magnético em um planeta como a Terra pode proteger sua atmosfera e superfície do bombardeio direto das partículas energéticas que compõem o vento solar. Estes processos afetam fortemente a evolução da vida em planetas como a Terra porque o campo magnético protege os organismos dessas partículas energéticas", disse Gilda Ballester, professora adjunta de pesquisa no laboratório lunar e planetário da Universidade do Arizona.
"O HAT-P-11b provou ser um alvo muito interessante porque as observações de ultravioleta do Hubble revelaram [a existência] de magnetosfera, observada tanto em forma de um componente iônico estendido ao redor do planeta, como em forma de uma longa cauda de íons. Este método geral poderia ser usado para detectar magnetosferas em uma variedade de exoplanetas e para avaliar seu papel na potencial habitabilidade", observou a pesquisadora.