Recentemente, Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, afirmou que existe um certo entendimento entre os EUA e Rússia sobre a necessidade de iniciar três vias de negociações sobre garantias de segurança – um diálogo bilateral entre Moscou e Washington, um diálogo com a OTAN e uma discussão da questão no âmbito da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
No entanto, em Bruxelas foi anunciado que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o chefe da diplomacia da EU, Josep Borrel, confirmaram que quaisquer futuras negociações com a Rússia sobre a segurança europeia vão ocorrer em coordenação e com a participação da UE.
De acordo com o especialista, a participação da União Europeia nas negociações sobre garantias de segurança depende do formato em que a UE vai participar.
"Os americanos, é claro, querem agora introduzir o tema da União Europeia para rejeitar suavemente a Rússia dizendo que ‘não fomos nós que rejeitamos, foi Moscou que rejeitou porque não estava disposta a falar com a EU, e nós [EUA] não podemos conversar sem o nosso aliado europeu. É dessa maneira que os EUA querem apresentar isso. Mas se à União Europeia for oferecido alguma forma, por exemplo, de observador nas negociações, então talvez haja algum compromisso", opina Fenenko.
"Os EUA estão tentando não simplesmente atrasar o processo de negociação, mas sim inviabilizá-lo, mas fazer isso de uma forma em que outros sejam os culpados. E fazer chocar ainda mais a Rússia contra a UE", concluiu professor.
Nas propostas de segurança apresentadas pela Rússia na semana passada, a OTAN é instada a parar suas atividades militares na Ucrânia e em outras ex-repúblicas soviéticas.
Além disso, tanto Moscou como a Aliança Atlântica não devem implantar mísseis de curto e médio alcance em zonas a partir das quais eles possam atingir os territórios um do outro.