O Orçamento de 2022 foi divulgado e, pelo segundo ano consecutivo, a pasta que mais recebeu prioridade e verba foi o Ministério da Defesa.
Base aliada do governo Bolsonaro, o ministério teve autorização para gastar um valor que representa quase o dobro reservado à Saúde (R$ 4,6 bilhões) e o triplo à Educação (R$ 3,6 bilhões), segundo O Globo.
A mídia aponta que o capital direcionado à Defesa também é 14.332% maior do que o reservado para o Meio Ambiente, cujo montante aprovado foi de R$ 61,4 milhões.
O Orçamento, evidenciaria então, as prioridades dadas pelo governo e aliados.
Presidente Jair Bolsonaro participa da homenagem prestada pelo ministério da Defesa com a Medalha Mérito Desportivo Militar aos atletas militares, campeões olímpicos que disputaram as Olimpíadas de Tóquio 2020/21, 1º de setembro de 2021
© Foto / Agência Brasil / Tânia Rego
O investimento bélico terá como verba R$ 1,2 bilhão para compras de caças, R$ 680 milhões para blindados, R$ 475 milhões para submarinos nucleares, R$ 466 milhões para o projeto do cargueiro KC-390, entre outras iniciativas.
O robusto direcionamento de verba para o setor deixa outros negligenciados, como o do saneamento básico para área rural e urbana, que recebeu apenas R$ 1,3 bilhão, preservação e conservação ambiental com R$ 702 milhões e R$ 357 milhões para transporte coletivo urbano.
A quantia também revoltou os funcionários da Receita Federal, que ontem (22), iniciaram um movimento de entrega de cargos de chefia após a aprovação do Orçamento. Mais de 320 pessoas pediram demissão, conforme noticiado.
O setor teve corte de R$ 1,2 bilhão, enquanto o Ministério da Defesa recebeu a maior parte da verba junto à classe de policiais federais, a qual recebeu R$ 1,7 bilhão para melhorar as condições salariais e estruturais.