Ciência e sociedade

Crânio de bicho de 244 milhões de anos achado nos EUA pode dar pistas sobre evolução aquática (FOTO)

Um crânio de cerca de dois metros descoberto nas montanhas Augusta em Nevada, nos EUA, é o maior fóssil encontrado daquele tempo. A equipe de pesquisa acredita que essa descoberta notável pode revelar como as baleias modernas evoluíram.
Sputnik
O fóssil da recém-descoberta espécie de ictiossauro, um tipo de grande réptil aquático, é datado de há cerca de 244 milhões de anos. Denominado de Cymbospondylus youngorum, ele era, de acordo com os especialistas, o maior animal desse período, tanto no oceano como em terra. Atualmente detém o título de primeiro animal gigante a habitar a Terra.
O crânio bem preservado foi desenterrado junto como uma parte da espinha dorsal da criatura. Tendo mais de 17 metros de comprimento, se estimou que o ictiossauro seria do tamanho de um grande cachalote, de acordo com a pesquisa publicada nesta quinta-feira (23) pela Associação Americana para o Avanço da Ciência e pelos Museus de História Natural do Condado de Los Angeles.
"… Grupo de cientistas descreve o novo ictiossauro, que eles chamaram de Cymbospondylus youngorum, e reconstruiu suas cadeias alimentares em um artigo publicado na quinta-feira [23] em…" ocorreu em:
O ictiossauro tem o focinho alongado e dentes cônicos, levando os pesquisadores a acreditar que ele comia lulas e peixes. Também poderia ter caçado répteis marinhos menores e membros mais jovens de suas espécies.
Paleontólogos acreditam que ictiossauros teriam crescido exponencialmente ao longo de vários milhões de anos, e que seu crescimento se deveu, em parte, a um aumento maciço de suas presas. As populações destas espécies prosperaram após uma extinção em massa chamada da Extinção do Permiano-Triássico.

O Cymbospondylus youngorum é "uma prova de resiliência da vida nos oceanos após a pior extinção em massa na história da Terra", escreveram sobre o estudo os autores do artigo, Lene Delsett e Nicholas Pyenson.

"A história dos ictiossauros nos diz que gigantes oceânicos não são caraterísticas garantidas de ecossistemas marinhos, o que é uma lição valiosa para todos nós", acrescentaram.
"Especialmente se quisermos sustentar a presença entre nós dos gigantes oceânicos sobreviventes que contribuem para nosso próprio bem-estar."
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