Panorama internacional

Israel sugere 'ameaça militar credível' ao Irã caso Teerã não regresse ao JCPOA

Yair Lapid, chanceler israelense, propôs criar um plano que inclua várias medidas que obriguem o Irã a "abandonar seus objetivos nucleares ilegais", caso seja necessário.
Sputnik
É necessário um plano de contingência abrangente para enfrentar o programa nuclear do Irã caso as negociações em Viena falhem, disse Yair Lapid, ministro das Relações Exteriores de Israel, em entrevista publicada no domingo (24) no jornal Die Welt.
"Ele [o plano] consiste de uma combinação de quatro alavancas que tornam claro ao Irã que não tem escolha senão abandonar seus objetivos nucleares ilegais", segundo Lapid.
Lapid detalhou que o plano deve incluir sanções econômicas mais duras e isolamento político e diplomático do Irã. Segundo o chanceler israelense, o Irã deve reconhecer que se formou uma nova aliança na região que se opõe ao suposto terrorismo de Teerã e que está interessada no bem-estar de todos os povos.

"Tem de haver uma ameaça militar credível sobre a mesa. Se os iranianos acreditarem que o mundo não tem intenção séria de os parar, eles tentarão criar a bomba. Temos de tornar claro que o mundo não permitirá isso", acrescentou ele.

As negociações sobre o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), assinado em 2015 para prevenir que o Irã obtenha uma arma nuclear e oferecendo em troca o levantamento de muitas das sanções a Teerã, deverão ser retomadas na segunda-feira (27).
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Os EUA abandonaram o acordo em 2018 sob a presidência de Donald Trump, que também reimpôs sanções ao país persa. Isso levou o Irã a se afastar gradualmente dos seus termos a partir de 2019. A chegada ao poder do presidente norte-americano Joe Biden, em janeiro de 2021, não alterou fundamentalmente a política dos EUA para o Irã, com mais sanções impostas que as retiradas. No entanto, Washington entrou nas discussões multilaterais para restaurar o JCPOA.
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