"Não está havendo morte de criança que justifique algo emergencial. Está morrendo criança de 5 a 11 anos que justifique algo emergencial? É pai que decide, em primeiro lugar", disse a jornalistas no Palácio da Alvorada, conforme noticiado pela Folha de S.Paulo.
Em seguida, o presidente afirmou que sua situação é complicada, pois se há um problema na Saúde, vão culpá-lo. "Quando quero dar uma opinião, estou interferindo", declarou.
Na última quinta-feira (23), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que as mortes de crianças por COVID-19 estão em "um patamar que não implica em decisões emergenciais". A pasta decidiu só definir sobre imunização infantil no dia 5 de janeiro.
Um menino recebe uma dose da vacina da Pfizer contra a COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos, em Roma, na Itália, no dia 15 de dezembro de 2021
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De acordo com dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), desde o início da pandemia até 6 de dezembro deste ano, foram registradas 301 mortes de crianças entre 5 e 11 anos por COVID-19 no Brasil.
Em 2020, 2.978 crianças tiveram a doença, e 156 delas morreram. Neste ano, foram 3.185 casos na faixa etária, com 145 mortes.