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'Claramente, somos muito diferentes', responde Boric às felicitações atrasadas de Bolsonaro

O presidente eleito do Chile, Gabriel Boric, respondeu nesta sexta-feira (24) às felicitações tardias do presidente Jair Bolsonaro, que declarou ter ordenado à chancelaria do Brasil para lhe dirigir "saudações formais".
Sputnik
"Praticamente metade da população foi votar, metade se absteve. Deu 55% pro tal do Boric e 44% pro Kast. Cheguei de viagem e mandei o Itamaraty cumprimentar", ressaltou Bolsonaro na quinta-feira (23) durante uma live semanal.
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"Não a tinha visto, vamos analisá-la depois", respondeu Boric se referindo à declaração do mandatário brasileiro.
"Não vou dar declarações apressadas, acredito que em políticas de Estado e nas relações exteriores temos que ser um pouco mais cuidadosos. Claramente, somos muito diferentes", resumiu.
O presidente brasileiro foi o último líder da América Latina a felicitar o líder chileno pela vitória nas eleições presidenciais no país, frente ao candidato de direita José Antonio Kast.
Recentemente na quarta-feira (22), o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, escreveu no Twitter que a linha política do presidente eleito do Chile tenta levar o país a uma situação semelhante à da Venezuela.
"Pretende aumentar o tamanho do Estado com mais tributos que, segundo ele, serão revertidos no Estado de bem-estar social chileno. Algo muito parecido com o que prometiam Chávez e Maduro."
"Após sua eleição, a bolsa chegou a cair 8%. Já o dólar teve sua maior alta desde 2008, chegando a 878 pesos chilenos. Esse é o maior preço do dólar desde o início da pandemia", resumiu o deputado.
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