Segundo o Jerusalem Post, o Irã publicou e distribuiu um vídeo de simulação de foguetes e drones sendo usados para atacar Dimona no deserto de Negev. O vídeo diz que o ataque ocorreu durante o recente exercício Grande Profeta 17 com o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) e a Força Aérea do IRGC.
Teerã afirma que "simulou um ataque de mísseis e drones ao centro nuclear de Dimona usando 16 mísseis balísticos e cinco drones suicidas, com sucesso", de acordo com a agência de notícias Fars. Os primeiros vídeos foram divulgados no sábado (25).
A suposta ameaça do Irã em atacar a instalação nuclear de Dimona é uma escalada retórica nas ameaças passadas, pois revela nova tecnologia de combate e a existência de um poderoso programa de drones.
O vídeo foi publicado pela Fars e pela agência Tasnim, os principais veículos da mídia iraniana ligados ao governo e ao IRGC.
A Fars publicou o vídeo na íntegra, que circula on-line há vários dias. De acordo com o correspondente de defesa de Tasnim, "no último estágio do exercício conjunto, 16 tipos de mísseis balísticos de combustível sólido e líquido, bem como dez drones suicidas conhecidos como drones Shahed-136, simularam ter como alvo Dimona".
Ainda segundo o Jerusalem Post, o Irã simula "alvejar o desenvolvimento de armas de destruição em massa", disse o relatório.
O novo uso de pequenos drones kamikaze de longo alcance combinados com mísseis balísticos, como ilustrado pelo recente exercício e vídeos, representa a mais nova combinação de munições perigosas iraniana.
Enquanto isso, Teerã ainda está negociando com o Ocidente e vários países para chegar a um possível acordo nuclear em Viena.