A declaração surge em um momento de alta tensão entre as partes devido a protestos de palestinos contra assentamentos israelenses na Cisjordânia.
"O inimigo deve preparar-se para uma batalha integral com todo o nosso povo que está lutando para derrotar a ocupação e erradicá-la", afirmou Abdul Hakim Hanini, um dos dirigentes do Hamas, no contexto dos recentes ataques de colonos israelenses na Cisjordânia.
O líder da organização garantiu que o movimento Hamas tem a capacidade de dissuadir os assentamentos israelenses e deter sua agressão "em todas as suas formas", especialmente através da resistência armada.
Hanini também fez um apelo aos palestinos na Cisjordânia, Jerusalém e todos os territórios ocupados para que mostrem seu apoio à causa da resistência.
Escalada da violência na Cisjordânia
No passado 16 de dezembro, um colono israelense morreu e outros dois ficaram feridos na Cisjordânia na sequência de um tiroteio levado a cabo por desconhecidos.
O incidente provocou a revolta dos outros colonos, que realizaram incursões em vários povoados palestinos, destruindo casas e espancando seus residentes.
Só na noite de 25 para 26 de dezembro, cerca de 300 palestinos foram feridos em confrontos com militares de Israel nas zonas da vila de Burqa, perto da cidade de Nablus, segundo informa Crescente Vermelho Palestino.
Os assentamentos israelenses nos territórios palestinos ocupados são considerados ilegais pela ONU e pela maioria da comunidade internacional. De acordo com a Resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU, os assentamentos israelenses não têm validade legal e "constituem flagrante violação do direito internacional".