"Claro, nós preferimos agir em uma cooperação internacional, mas caso seja necessário, nós vamos agir sozinhos [...]. Nos defendemos sozinhos", afirmou Lapid.
Além disso, o chanceler israelense, citado pelo jornal The Jerusalem Post, declarou que o país apresentou aos aliados uma inteligência um pouco mais firme sobre o programa nuclear iraniano.
"Isso não foi apenas opiniões e posições, mas uma inteligência concreta, que prova que o Irã está enganando o mundo de uma maneira completamente sistemática", declarou.
Israel se opõe ao acordo iraniano original, conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) que foi assinado entre Irã, EUA, Rússia, China, França, Alemanha e Reino Unido.
Além disso, os israelenses não aceitam uma retomada deste acordo e vêm alertando os signatários sobre os perigos das negociações prolongadas, assim como um possível fracasso em um novo acordo com o Irã.
As negociações do JCPOA, assinado em 2015 para prevenir que o país persa obtenha arma nuclear e oferecendo em troca o cancelamento de muitas das sanções aplicadas em Teerã, deverão ser retomadas nesta segunda-feira (27).
Os EUA abandonaram o acordo em 2018 sob a presidência de Donald Trump, que também reimpôs sanções à República Islâmica.
Isso levou o Irã a se afastar gradualmente dos seus termos a partir de 2019. A chegada ao poder do presidente norte-americano, Joe Biden, em janeiro de 2021, não alterou fundamentalmente a política dos EUA para o Irã, com mais sanções impostas que as retiradas. No entanto, Washington entrou nas discussões multilaterais para restaurar o JCPOA.