Propagação e combate à COVID-19

Vacina para crianças é segura, diz secretária do Ministério da Saúde em nota ao STF

Nesta segunda-feira (27), a secretaria Extraordinária de Enfrentamento à COVID-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a vacina contra a COVID-19 para crianças é segura, contrariando declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Sputnik
Conforme publicou o portal G1, em documento enviado ao STF, a secretaria do Ministério da Saúde salientou que "nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada" pelos técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) durante testes clínicos, realizados com milhares de crianças.
O relatório afirma ainda que as vacinas estão sob o "monitoramento de segurança mais abrangente e intenso da história do Brasil" e elogia a análise técnica da Anvisa, classificada como rigorosa e cautelosa.
A nota enviada ao STF é uma resposta exigida pelo ministro Ricardo Lewandowski. Na sexta-feira (24), o ministro deu cinco dias para manifestação do governo federal em relação à exigência de prescrição médica anunciada pelo Ministério da Saúde para crianças entre cinco e 11 anos.
Ministro da Saúde Marcelo Queiroga durante coletiva de imprensa, Brasília, 18 de agosto de 2021
A exigência foi anunciada após uma declaração do presidente Jair Bolsonaro afirmando que, a depender de sua vontade, a vacina para crianças só seria permitida com receita médica. O Ministério da Saúde também colocou no ar uma consulta pública sobre a vacinação.
Na quinta-feira (23), o ministro da saúde Marcelo Queiroga afirmou que não havia urgência para a vacinação infantil. No dia seguinte, Bolsonaro deu declaração no mesmo sentido, afirmando que a quantidade de mortes de crianças por COVID-19 não justifica ação emergencial.
Até o dia 6 de dezembro deste ano, pelo menos 301 crianças morreram devido à COVID-19 no Brasil, o equivalente a uma morte a cada dois dias. A vacinação de crianças contra a doença já está em curso em diversos países, como Estados Unidos, Israel, Chile e Argentina.
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