Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta terça-feira, 28 de dezembro

Segundo um levantamento da CNN, 15 estados confirmaram que não vão pedir prescrição médica para vacinar crianças de cinco a 11 anos, em resposta à recomendação do Ministério da Saúde. Na semana passada, a pasta divulgou um documento afirmando que a vacina contra a COVID-19 deverá ser aplicada às crianças só com autorização dos pais e com prescrição médica. Mais oito estados informaram que ainda não decidiram o assunto ou que vão seguir o que será determinado pelo Programa Nacional de Imunizações. À polêmica em torno da imunização infantil se juntou também o presidente da República, Jair Bolsonaro. Ontem (27), em viagem a São Francisco do Sul, ele confirmou que sua filha Laura, de 11 anos de idade, não será vacinada, desacreditando a medida aprovada pela Anvisa. Entretanto, o Brasil confirmou mais 91 mortes e 6.983 casos de COVID-19, totalizando 618.575 óbitos e 22.243.875 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.

Apesar de a chuva ter diminuído no estado da Bahia, a situação permanece perigosa, uma vez que muitos rios e barragens têm níveis altos d'água. Segundo informações recentes, os bombeiros estão monitorando ao menos dez represas por causa do risco de rompimento, caso as chuvas continuem. Na barragem da Pedra do Cavalo, uma das mais importantes da Bahia, o nível chegou a atingir o volume máximo da calha do rio. São 116 os municípios baianos afetados, enquanto 100 deles já declararam a situação de emergência. As grandes enchentes no estado da Bahia já causaram 20 mortes e afetaram cerca de 470 mil residentes. Na noite da segunda-feira (27), o governador da Bahia, Rui Costa, anunciou novas ações para apoiar as vítimas do desastre natural. Ele prometeu um auxílio financeiro para as famílias atingidas.

O presidente norte-americano, Joe Biden, assinou nesta segunda-feira (27) o orçamento de defesa de US$ 768 bilhões (R$ 4.320 bilhões) para o ano de 2022, que inclui também US$ 4 bilhões (R$ 22,5 bilhões) para a Iniciativa de Contenção Europeia e US$ 300 milhões para assistência à segurança da Ucrânia, segundo a Casa Branca. A Lei de Autorização de Defesa Nacional para o Ano Fiscal 2022 (NDAA, na sigla em inglês) prevê financiamento para os programas de construção militar do Departamento de Defesa, para os programas de segurança nacional do Departamento de Energia e programas de inteligência. Ao mesmo tempo, o documento não inclui sanções contra a dívida soberana da Rússia ou o gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2), apesar das tentativas dos legisladores de adicioná-las em meio às tensões intensificadas com Moscou pelo alegado movimento de tropas perto da Ucrânia. Porém, o texto exige relatórios bienais sobre as alegadas operações e campanhas de influência russas dirigidas contra alianças militares dos EUA. O orçamento também prevê cerca de US$ 7,1 bilhões (R$ 39,9 bilhões) para operações no Indo-Pacífico, com iniciativas para enfrentar os desafios provenientes da China.

A Rússia confirma que as negociações com os Estados Unidos sobre as garantias de segurança podem ocorrer em 10 de janeiro e as conversas com a OTAN no dia 12 de janeiro. "Posso confirmar que essas datas estão sendo consideradas, mas não existe um acordo final", disse à Sputnik o vice-chanceler russo Sergei Ryabkov na terça-feira (28). "É de grande importância para nós receber a confirmação da OTAN que sua delegação no encontro em 12 de janeiro em Bruxelas vai incluir altos oficiais militares", ressaltou o diplomata. Ele mencionou também que Moscou tinha enviado suas propostas para a agenda das negociações a Washington, mas o lado americano ainda está falando sobre assuntos abstratos. "Agora vemos referências da parte de representantes anônimos da administração americana a uma discussão tanto sobre a Ucrânia como sobre o controle de armas. O que é o controle de armas? Isto é algo abstrato", disse Ryabkov. O deputado acrescentou ainda que Moscou acredita que os projetos de acordos "apresentados pela Rússia" devem ser discutidos.

Um ataque aéreo de Israel atingiu o porto de Latakia, na Síria, na manhã desta terça-feira (28). Este foi o segundo ataque desse tipo contra esta importante instalação neste mês, de acordo com a mídia estatal síria. "O inimigo Israel realizou uma agressão aérea com vários mísseis a partir do Mediterrâneo [...] atingindo o recinto de contêineres no porto de Latakia", informou a agência SANA, citando uma fonte militar. O ataque causou "danos materiais significativos" e levou a um incêndio, acrescentou. Perguntado sobre o ataque, um representante do Exército israelense respondeu: "Nós não comentamos relatos da mídia estrangeira". Desde o início da guerra civil na Síria em 2011, Israel tem realizado ataques regulares contra seu vizinho, principalmente visando as tropas governamentais sírias, bem como forças apoiadas pelo Irã e membros do Hezbollah. Em 7 de dezembro, Tel Aviv efetuou vários ataques contra um carregamento de armas em Latakia.

Duas crianças foram mortas e mais quatro ficaram feridas na sequência de um acidente no estado americano da Flórida, informou a representante do Gabinete do xerife, Miranda Grossman. "Duas crianças foram encontradas desfalecidas e declaradas mortas no local, e outras quatro foram transportadas para hospitais da área", disse a representante durante a coletiva de imprensa na segunda-feira (27). O condutor do veículo fugiu do local do acidente. Os detetives estão pedindo ao público qualquer informação enquanto investigam as circunstâncias do caso. A idade das vítimas varia entre um e dez anos, segundo os dados da polícia.