Nesta terça-feira (28), o prefeito nova-iorquino Bill de Blasio, anunciou em uma transmissão ao vivo o esforço da cidade pela testagem em massa de estudantes. O objetivo do esforço governamental é identificar casos para garantir isolamentos individuais e tranquilizar as famílias para evitar o esvaziamento das escolas.
Nós queremos que as salas de aula permaneçam seguras e abertas. Juntem-se a nós na Prefeitura para alguns anúncios importantes sobre a testagem da COVID-19.
"Seus filhos estão mais seguros na escola e os números falam por si", disse de Blasio, que busca tranquilizar os pais e evitar que eles deixem de enviar crianças às escolas em meio ao aumento de casos.
A cidade de Nova York viu recentemente um aumento de quase cinco vezes nas hospitalizações infantis à medida que avança a variante Ômicron, de acordo com autoridades de saúde do estado de Nova York. O sistema de escolas públicas da cidade de Nova York é o maior do tipo nos Estados Unidos, com cerca de 1,1 milhão de alunos.
Em Nova York, uma mulher é testada em um posto de testagem de COVID-19 na Times Square, em 17 de dezembro de 2021
© AP Photo / Yuki Iwamura
O plano de testagem em massa de estudantes na cidade permitirá identificar casos para que apenas as crianças com teste positivo sejam mantidas em casa. A política anterior na cidade era de colocar turmas inteiras de alunos em quarentena para estudar em casa um caso fosse identificado. Agora, esses mesmos alunos farão um teste rápido em casa e retornarão às aulas caso o resultado seja negativo. Para proteção adicional, um segundo teste será realizado após sete dias.
"Não podemos voltar ao isolamento, ao aprendizado remoto e manter nossos filhos longe de tudo", disse o diretor de saúde e bem-estar da Universidade da Cidade de Nova York, Fabian Wander, que participou da transmissão ao lado do prefeito, acrescentando que o isolamento tem impactos emocionais negativos nos jovens.
Os EUA vivem uma nova onda de COVID-19 impulsionada pela variante Ômicron do novo coronavírus, sendo a região de Nova York uma das mais afetadas.
Apenas na segunda-feira (27), mais de 500 mil novos casos da doença foram identificados no país, o pior resultado desde o início da pandemia. Em números absolutos de casos e mortes, os EUA são o país mais impactado pela crise sanitária global, com quase 820 mil óbitos registrados.