O Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) e as forças da Frente de Resistência Nacional já não representam uma ameaça para as autoridades afegãs porque já não existem no país, segundo ele.
"O Daesh e a Frente de Resistência têm sua presença no país apenas no papel e na mídia, eles não existem no país fisicamente", respondeu o representante a uma pergunta sobre o perigo que essas organizações representam para os talibãs.
Segundo as palavras de Mujahid, os militantes do Daesh e da Frente de Resistência Nacional, chefiada por Ahmad Massoud júnior "foram rejeitados pelo povo do Afeganistão", que apoiou a nova estrutura de poder no país.
No início de agosto deste ano, os talibãs intensificaram a ofensiva contra as forças governamentais no Afeganistão. Em 15 de agosto, eles entraram em Cabul e, no dia seguinte, declararam o fim da guerra. Nas últimas semanas de agosto, a partir do aeroporto da capital afegã, sob proteção dos militares americanos, foram evacuados em massa os cidadãos dos países ocidentais e os afegãos que cooperaram com eles.
Na noite de 31 de agosto, os últimos soldados norte-americanos deixaram o aeroporto de Cabul, pondo fim a quase 20 anos da presença militar dos EUA no Afeganistão. No início de setembro, os talibãs anunciaram a composição do novo governo interino afegão, liderado por Mohammad Hassan Akhund, antigo chanceler durante o primeiro governo do Talibã, que está sob sanções da ONU desde 2001.