Apesar do posicionamento do presidente, o Brasil está exigindo o comprovante de vacinação de estrangeiros e de todos os brasileiros e residentes do país que regressarem após viagem a partir de 15 de dezembro, conforme determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Alinhado a Bolsonaro, o Ministério da Saúde, comandado por Marcelo Queiroga, retardou a decisão sobre a imunização de crianças de cinco a 11 anos e anunciou que só deverá autorizar a aplicação, no dia 5 de janeiro, após uma consulta pública sobre o tema.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a utilização da vacina da Pfizer em crianças desta faixa etária no dia 16 de dezembro. A imunização deve ser feita com dose pediátrica equivalente a um terço da utilizada em pessoas com mais de 12 anos.
"Não apoiamos o passaporte vacinal, nem qualquer restrição àqueles que não desejam se vacinar. Também, como anunciado pelo ministro da Saúde [Marcelo Queiroga], defendemos que as vacinas para as crianças entre 5 e 11 anos sejam aplicadas somente com o consentimento dos pais e prescrição médica. A liberdade tem que ser respeitada", disse o presidente no discurso.
O presidente aproveitou a exibição na TV para fazer um balanço dos seus três anos de governo até aqui. Entre temas como obras, formação de ministérios e suposta ausência de corrupção no governo, Bolsonaro destacou o programa Auxílio Emergencial, pago durante a pandemia, e o Auxílio Brasil de R$ 400, que substituiu o Bolsa Família.
"O Auxílio Brasil vai ajudar 17 milhões de famílias mais necessitadas a superar suas necessidades econômicas e sociais agravadas pela pandemia", afirmou Bolsonaro.
O presidente gravou o discurso antes de viajar para Santa Catarina, onde está passando o final de ano.