"Para nós, isto é o auge de vários anos de trabalho de uma equipe de centenas de pessoas. É uma experiência fantástica estarmos aqui hoje e vermos que produzimos eletricidade", disse à Danish Radio Jens Moldrup, da empresa Siemens Gamesa, que colocou o moinho gigante em operação.
Quando as asas de 108 metros de comprimento da turbina giram em velocidade máxima, a turbina pode fornecer eletricidade a 18.000 domicílios médios europeus de uma só vez. Mesmo em baixas velocidades de vento, a turbina vai levar apenas três rotações para carregar um modelo Tesla 3, diz o fabricante. Para turbinas eólicas o tamanho importa, especialmente para aquelas construídas no mar.
"Quanto maior a turbina eólica individual, menos turbinas podem ser criadas. Por isso a economia do projeto será melhor", disse à rádio o especialista em turbinas eólicas da Sydbank Jacob Pedersen.
A Siemens Gamesa tem sido a líder no mercado mundial de turbinas eólicas há vários anos, com uma quota de mercado de cerca de 60%. No entanto, sua principal concorrente Vestas está agora também competindo por uma parte do bolo e anunciou planos para construir uma turbina ainda maior.
"Sim, nós projetamos a maior turbina no mundo, que será lançada no ano que vem, e será a maior nesse momento", contou o diretor de produção da Vestas, Tommy Rahbek Nielsen.
Entretanto, a corrida iminente entre os dois grandes produtores desencadeou ceticismo, uma vez que a produção de turbinas de maior tamanho é considerada um negócio caro e arriscado.
"É uma corrida armamentista para ter a maior turbina eólica. E a corrida armamentista tem tirado claramente dinheiro dos fabricantes de turbinas eólicas e tornou difícil fazer lucro nesta indústria", concluiu Jacob Pedersen.
Dinamarca está entre os líderes mundiais no uso da energia eólica. Hoje, a energia eólica e solar em combinação fornecem mais da metade da eletricidade no país, que planeja aumentar essa quota para 84% até 2035.