Em um comunicado que cita as "incertezas na interpretação e aplicação de protocolos previamente aprovados", a Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros (CLIA) suspendeu as operações no país.
A entidade diz que os "protocolos do setor de cruzeiros excedem a maioria de outras indústrias e permanecem ineficazes para mitigar o risco de COVID-19".
Dois navios de cruzeiro estão parados nos portos de Santos (SP) e Salvador (BA) por causa de surtos de coronavírus a bordo. Dos 4 mil que estavam no navio MSC Splendida, 51 tripulantes e 27 passageiros foram diagnosticados com COVID-19.
A CLIA sustenta que os casos identificados nos navios "consistem em uma pequena minoria da população total a bordo".
A suspensão deve durar até 21 de janeiro, com os cruzeiros que estão atualmente em navegação finalizando os seus roteiros conforme previsto.
O ministro do Turismo, Gilson Machado, afirmou na manhã desta segunda-feira (3) que a Ômicron mudou o cenário para a continuidade da temporada de cruzeiros no país, e que o governo precisa reavaliar as regras para embarque.
Ainda nesta segunda-feira (3), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu uma recomendação para suspender a temporada de cruzeiros no Brasil.
De acordo com a Anvisa, o impedimento ocorreu "devido ao reconhecimento pelas autoridades locais de saúde e pela Anvisa, da existência de transmissão sustentada de COVID-19 entre tripulantes".