Panorama internacional

China diz aos EUA para não assumirem tamanho de sua força nuclear com base em imagens de satélite

Os Estados Unidos acusaram a China de ter aumentado seu arsenal nuclear estratégico, citando imagens de satélite que sugerem a construção de novos silos de mísseis.
Sputnik
Em resposta a Washington, o diretor-geral do Departamento de Controle de Armas do Ministério das Relações Exteriores da China, Fu Cong, negou as acusações durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (4).
"Sobre os silos, eu também tenho lido artigos sobre esse assunto, mas eles são artigos conflitantes; alguns dizem que são silos para mísseis, outros que são turbinas de energia eólica. Eu não estou em posição de confirmar nenhum relato. Mas o que eu posso dizer é que não faz sentido tentar calcular o tamanho das forças nucleares da China com base nessas imagens de satélite", disse o diplomata.
Fu afirmou ainda que a China vai continuar modernizando seu arsenal nuclear de acordo com os desafios de segurança apresentados. O diplomata culpou os EUA pelas tensões na região do oceano Pacífico por conta de testes de mísseis norte-americanos e conversas com aliados sobre a possibilidade de instalação de estruturas de mísseis terrestres perto do território chinês.
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Quando o assunto foi o diálogo sobre redução do número de armas nucleares, Fu descartou os pedidos dos EUA alegando que o governo chinês não deve entrar nas negociações com Estados Unidos e Rússia por ter um arsenal nuclear "muito menor".
"Nós ficaríamos felizes em nos juntarmos a essa conversa caso eles decidam reduzir [o número de armas nucleares] para o nosso patamar", comentou Fu.
Os comentários sobre o arsenal chinês começaram a aparecer nos noticiários norte-americanos no meio de 2021, com reportagens sobre a suposta construção de centenas de silos de mísseis. A mídia estatal chinesa negou todas as alegações.
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