A terraformação de Marte pode ser mais simples do que se acredita, diz James Green, cientista-chefe da agência espacial norte-americana NASA.
Ele já expressou a ideia de usar um "escudo magnético" para terraformar Marte em 2017, argumentando que ele poderia proteger o corpo celeste de partículas solares de alta energia e evitar que o vento solar despojasse o planeta da atmosfera, tornando o clima mais adaptável para a vida.
Em um artigo publicado no domingo (2) no jornal The New York Times, Green afirmou que esse processo no Planeta Vermelho é "realizável".
"Pare o despojamento e a pressão aumentará. Marte começará se terraformando sozinho. É isso que queremos: o planeta participando nisto do jeito que puder. Quando a pressão sobe, a temperatura sobe", teoriza o cientista.
Segundo ele prevê, se os humanos poderem andar na superfície do planeta sem um traje espacial isso ofereceria "flexibilidade e mobilidade", enquanto o aumento da pressão e temperatura da atmosfera permitiria à humanidade "começar o processo de cultivar plantas nos solos".
O membro da NASA reconheceu, contudo, que o "primeiro nível de terraformação", que definiu como 60 milibares, "o limite de Armstrong, no qual o seu sangue não ferve se você andar na superfície", ainda é "um fator de dez comparando com onde estamos agora".
O cientista, que planeja se aposentar em breve, também especulou sobre a possibilidade de terraformar Vênus com ajuda de um "escudo físico que reflete luz", o que baixaria a temperatura atmosférica extremamente elevada do planeta mais quente do Sistema Solar.