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Em artigo, Lula mira modelo chinês: 'Implantou uma política de Estado para desenvolver a ciência'

Em artigo assinado com o ex-ministro Sérgio Rezende, o ex-presidente Lula fez uma série de elogios ao modelo econômico chinês.
Sputnik
Em artigo publicado em coautoria o ex-ministro da Ciência e Tecnologia Sérgio Machado Rezende, o ex-presidente Lula apresentou algumas ideias para retomar o desenvolvimento do Brasil.
No texto publicado na Folha de São Paulo, ambos denunciaram o que chamaram de "desmonte da educação e ciência", apontando em seguida o que precisa ser feito para expandir o parque industrial brasileiro.
"Nenhum país conseguiu se desenvolver plenamente sem implantar políticas de Estado para educação e para ciência e tecnologia", escreveram.
Eles destacam, ainda, que o domínio das pesquisas é condição necessária para tornar as empresas competitivas globalmente, assim aumentar a riqueza e fortalecer a soberania das nações.
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Neste momento do artigo, eles citam a China como exemplo. "A China implantou uma política de Estado para desenvolver a ciência, no âmbito de um superministério, e hoje investe mais de US$ 400 bilhões [R$ 2,26 trilhões]", escreveram.
Eles ainda destacaram que a "produção científica chinesa em 2021 ultrapassou a norte-americana, que há décadas tem sido a maior do mundo".
Para Lula e Rezende, a China desenvolveu um parque industrial extenso e competitivo, com programas de interação com o sistema de pesquisa.

"Exemplo bem conhecido é o da tecnologia 5G para comunicação digital, que ela desenvolveu antes das potências industriais. Dessa forma, o PIB do país [China], que na virada do século era de US$ 1,2 trilhão [R$ 6,78 trilhões], o sexto do mundo, hoje passa de US$ 15 trilhões [R$ 84,8 trilhões], apenas atrás dos EUA", diz a publicação.

Das estratégias anunciadas pela China no ano de 2020, o ex-presidente e o ex-ministro lembram que nove estavam no Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação (PACTI), executado pelo PT entre 2007 e 2010.
Sobre o retrocesso, Lula e Rezende destacam o "desmonte das instituições públicas, na direção do Estado mínimo, marca de um governo que aprofunda a agenda neoliberal e um ajuste fiscal irrealista. Vamos na direção oposta da China e de outros países", concluíram.
Trabalhadores de uma indústria na China.. Foto de arquivo
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