Buenos Aires anunciou na segunda-feira (3) o lançamento da Agenda Malvinas 40 Anos, quase 40 anos depois da guerra entre o país e o Reino Unido pelo controle do arquipélago no sul do oceano Atlântico.
Santiago Cafiero, ministro das Relações Exteriores do país sul-americano, inaugurou o evento, que tem o objetivo de manter a memória, sendo "uma homenagem aos nossos heróis", em referência aos militares que tombaram durante o conflito que contrapôs a última ditadura argentina e o governo britânico de Margaret Thatcher. O ministro condenou ainda os "189 anos de usurpação britânica".
"A comunidade internacional apoia a reivindicação argentina. Não há lugar para colonialismos no século XXI", declarou durante a abertura da iniciativa.
A administração argentina de Alberto Fernández organizou "mais de 140 ações" culturais e políticas relacionadas, que destacam a proximidade geográfica entre a Argentina e as ilhas Malvinas, as quais passaram para o Reino Unido depois que os britânicos ganharam a guerra.
O governo da Argentina instou a não voltar a recorrer à força, propondo uma negociação bilateral para conseguir uma solução pacífica para a disputa territorial.
Desde 1965 que a ONU defende a realização de um diálogo entre os dois países para resolver a questão das ilhas Malvinas, que são chamadas ilhas Falkland no Reino Unido.