Nayib Bukele, presidente de El Salvador, denunciou na segunda-feira (3) o intervencionismo dos EUA na América Latina.
Isto deve soar como uma piada de mau gosto para a maior parte das pessoas nos EUA (e deveria sê-lo).
Mas é essa a realidade que nós enfrentamos na América Latina todos os dias: intervenção.
Não do Canadá, obviamente, mas dos EUA.
E há consequências pessoais, políticas e financeiras, se você falar do assunto.
Se a próxima eleição presidencial revelar que os EUA estão se aproximando de possível violência e autocracia, o Canadá deve intervir?
O chefe de Estado salvadorenho referiu um artigo de domingo (2) do jornal The Globe and Mail, que questionou o que Ottawa devia fazer em caso da balcanização dos Estados Unidos.
Em 7 de dezembro de 2021, durante uma reunião privada com Brendan O'Brien, novo embaixador norte-americano em El Salvador, Bukele já tinha afirmado que colaboraria com os EUA na luta contra o narcotráfico, crime e migração forçada, mas que não comprometeria a soberania de seu país.
"Lembrei a ele que nossa independência não está à venda", disse na ocasião.