De acordo com a publicação, Ávalos escreveu que a apuração contra o presidente se dará por "supostos crimes de tráfico de influência e conluio".
Uma das suspeitas gira em torno da autorização de uma obra rodoviária avaliada em 58 milhões de dólares (aproximadamente R$ 330 milhões).
Outra acusação ocorre devido a decisão da petroleira estatal Petroperú de comprar 280 mil barris de biodiesel da empresa Heaven Petroleum Operators (HPO) por 74 milhões de dólares (cerca de R$ 420 milhões).
Segundo a procuradoria-geral do Peru, em ambos os casos, o Ministério Público aponta que o chefe de Estado poderia ter se aproveitado do cargo para beneficiar terceiros, em conluio com a empresária Karelim López e o ex-secretário presidencial Bruno Pacheco.
Segundo a mídia local, Castillo já recebeu a notificação formal da procuradoria-geral.
Acusação rejeitada no Congresso
No dia 7 de dezembro do ano passado, o Congresso peruano rejeitou dar início a um processo de destituição de Castillo, em procedimento que buscava declarar a "incapacidade moral" do presidente para exercer o cargo.
A tentativa de derrubar Castillo no Congresso foi apresentada no dia 25 de novembro pelos partidos de direita Avanza País, Fuerza Popular e Renovación Popular, que representam um terço do parlamento peruano.