Panorama internacional

Após Almaty, capital do Cazaquistão também anuncia estado de emergência devido a protestos no país

O presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokaev, anunciou o estado de emergência em Nursultan, capital cazaque, até 19 de janeiro.
Sputnik
"Devido à ameaça séria e direta à segurança dos cidadãos, a fim de manter a segurança pública, restaurar a legalidade e ordem, proteger os direitos e liberdades dos cidadãos, ordeno introduzir na cidade de Nursultan o estado de emergência das 16h00 de 5 de janeiro de 2022 até as 00h00 de 19 de janeiro de 2022 [horário local]", diz o decreto do presidente.
De acordo com o documento, na capital também foi introduzido o toque de recolher das 23h00 às 07h00 no horário local.
Além disso, foi criado o serviço de comando militar na capital para garantir a ordem pública, com poderes especiais para o período do estado de emergência.
Entre as restrições impostas durante o estado de emergência em Nursultan estão a limitação da liberdade de circulação, inclusive nos transportes, a proibição temporária de reuniões e eventos públicos, entre outros.
Enquanto isso, durante os protestos em Almaty cerca de 500 civis foram espancados, inclusive 130 mulheres e pessoas idosas. Além disso, foram queimados 120 carros, inclusive 33 ambulâncias e carros de bombeiros, segundo mídias locais, que citam o comandante da cidade.
Na cidade de Almaty as manifestações marcaram toda a noite desta quarta-feira (5), transformando-se em confrontos entre manifestantes e a polícia, que usou gás e granadas de luz contra o povo.
Na manhã desta quarta-feira (5), o presidente do Cazaquistão aceitou a demissão do governo do país, afirmando que o gabinete foi "especialmente culpado" por permitir que as manifestações se desencadeassem.
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