"Não posso dizer se será suficiente uma reunião, duas, três ou quatro. No momento atual, não é possível fazer previsões", afirmou hoje (5) o vice-chanceler russo, Aleksandr Grushko.
"A verdade é que nós realmente queremos ter uma conversa de forma substantiva e produtiva, porque é o que a situação exige e, certamente, priorizamos a obtenção de resultados concretos, ou seja, a obtenção de decisões que realmente melhorem a situação no domínio da segurança militar na Europa. Nós não vamos negociar por negociar", acrescentou.
Rússia tem muitos instrumentos para garantir a segurança
Segundo Aleksandr Grushko, a Rússia possui um amplo arsenal de instrumentos militares e técnicos para garantir a sua segurança se o diálogo com a Aliança Atlântica não trouxer resultados.
Ele notou que ainda é cedo para falar se a cúpula Rússia-OTAN poderá resultar em algum progresso significativo na questão das garantias de segurança.
"Precisamos primeiramente realizar a reunião, e só depois decidir qual a direção em que devemos seguir", ressaltou.
"Estamos falando em seguir o caminho de eliminar as preocupações legítimas da Rússia em relação às atividades militares da aliança, à sua expansão, ou teremos que escolher outras formas de garantir nossa segurança nacional", disse Grushko.
O vice-chanceler adicionou que o seu país possui bastantes instrumentos técnico-militares para essa escolha.
Na terça-feira (4), o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, confirmou que a reunião entre a Rússia e a OTAN está agendada para 12 de janeiro. Conforme informou, está planejado discutir as questões da segurança europeia, ligadas principalmente à situação em torno da Ucrânia.
Além disso, como foi relatado antes, as negociações entre os lados russo e norte-americano sobre as propostas de Moscou a respeito das garantias de segurança estão marcadas para o dia 10 de janeiro em Genebra.