Teste em banheiro de 2.700 anos aponta que nobreza de Israel sofria de doenças parasitárias (FOTOS)

O local foi encontrado no ano passado na região de Talpiot, em Jerusalém, mas só nesta terça-feira (4) foram divulgados os resultados das análises dos sedimentos.

Toda a estrutura do "banheiro milenar" é feita de pedra, mas por baixo do assento fica a fossa, onde foram encontrados ovos microscópicos pertencentes a diferentes pragas intestinais como tênia, lombriga e oxiurus.

Citada pelo jornal Haaretz, a diretora do laboratório de botânica arqueológica da Universidade de Tel Aviv, Dafna Langgut, explica que os vermes em si se decompuseram há muitos anos, porém seus ovos, mesmo mortos, permanecem intactos.

As amostras retiradas no local confirmaram que, de fato, a estrutura de pedra era uma espécie de banheiro. Inicialmente, quando o local foi descoberto, havia dúvidas sobre a origem dos escombros.

A dúvida sobre se o local era ou não um banheiro é alimentada pelo fato de que, nessa época, eram raríssimas as estruturas de higiene deste porte. Construções semelhantes eram utilizadas em rituais e templos de oferendas.

Todos os vermes e parasitas encontrados nas ruínas ainda são comuns nos dias de hoje, porém são facilmente tratados pela medicina moderna e também evitados por práticas corriqueiras da nossa sociedade como rotinas de higiene básica: lavar as mãos antes de comer e higienizar alimentos, por exemplo, e também pelo saneamento básico.

Há 2.700 anos, a população do Reino de Judá sofria com desnutrição, dores abdominais e até mesmo deficiências cognitivas em crianças, causadas pelos parasitas intestinais.