De acordo com o portal Axios, a conversa ocorreu no dia 14 de dezembro, e foi a primeira ampla consulta entre os dois países em relação à China desde que Biden assumiu o poder, sendo liderada pelo vice-conselheiro de segurança nacional de ambos os lados.
Temendo uma retaliação de Pequim, o lado israelense supostamente tentou manter a conversa o mais discreta possível.
A reunião contou com representantes de diversas agências governamentais que lidam com a economia, relações exteriores e segurança nacional.
Ambos os lados forneceram linhas gerais de política e trocaram observações enquanto realizavam suas próprias avaliações políticas, segundo um funcionário de alto escalão israelense, que também afirmou que as partes não chegaram a uma conclusão.
Além disso, durante uma visita a Israel, uma semana após a reunião, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, levantou algumas questões em encontro com o primeiro-ministro israelense Naftali Bennett e o ministro das Relações Exteriores Yair Lapid.
De acordo com o relatório, citando os israelenses, os pontos principais abordados por Sullivan foram o envolvimento da China em projetos de infraestrutura, preocupações com hackers chineses e a necessidade de estabelecer uma frente unida contra os chineses.
Recentemente, Israel informou que o governo Biden estava intensificando a pressão sobre Israel e outros países para escolherem um lado entre EUA e China.
Especialistas afirmam que o governo israelense está dividido entre manter um equilíbrio com o objetivo de continuar os laços comerciais com a China e a parceria ativa com os EUA, seu aliado geopolítico mais próximo.
"Nós não temos um dilema sobre quem é nosso aliado mais importante e estamos mais conscientes sobre as preocupações dos EUA e mais transparentes do que anteriormente. Mas nós não vamos evitar fazer negócios com a China que os EUA não estão evitando", afirmou o oficial israelense.