Japão planeja desenvolver canhões eletromagnéticos para combater mísseis hipersônicos (FOTO)

Espera-se que os interceptadores disparados mediante estes dispositivos alcancem velocidades de mais de 7.200 quilômetros por hora.
Sputnik
O Ministério da Defesa do Japão estaria interessado em desenvolver uma tecnologia para interceptar mísseis hostis mediante projéteis de propulsão magnética, segundo o jornal Nikkei Asia.
Desta forma, o Japão buscaria se antecipar e responder a supostos ataques com armas hipersônicas desenvolvidas pela China, Rússia e Coreia do Norte.
As autoridades militares japonesas vêm os mísseis hipersônicos como a próxima geração de armamento militar e acreditam que o país deva fortalecer urgentemente sua capacidade para fazer frente às supostas ameaças.
A publicação recorda que a Agência de Aquisições, Tecnologia e Logística do Ministério da Defesa do Japão aprovou US$ 56 milhões (R$ 319 milhões) do orçamento fiscal de 2022 para o desenvolvimento de protótipos de equipamentos de canhões eletromagnéticos de uso militar.
Estes canhões podem lançar projéteis mediante a energia gerada por uma corrente elétrica aplicada a um campo magnético. Este tipo de projétil alcança maiores velocidades que os disparados pelos sistemas de interceptação convencionais, sendo uma grande vantagem para neutralizar as armas hipersônicas.
Japão planeja desenvolver canhões eletromagnéticos para combater mísseis hipersônicos.
Estas armas superam em mais de cinco vezes a velocidade do som e, diferente dos mísseis balísticos intercontinentais, que se deslocam em um arco previsível, podendo ser rastreados pelos radares de longo alcance, manobram muito mais próximo da terra, dificultando sua detecção.
Espera-se que os interceptadores disparados por canhões eletromagnéticos alcancem velocidades superiores a 7.200 quilômetros por hora.
Por outro lado, os canhões eletromagnéticos e o tamanho relativamente pequeno dos interceptadores que eles disparam permitem aos operadores ajustar a velocidade com que se desloca cada interceptador, dependendo da velocidade dos mísseis hipersônicos invasores.
Está previsto que o novo sistema de canhões eletromagnéticos esteja pronto para uso na segunda metade desta década.
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