O estudo busca resolver o debate sobre o famoso paradoxo de informação de Stephen Hawking, o problema criado pela conclusão do físico teórico britânico de que quaisquer informações que entrem em um buraco negro nunca poderão sair, ou seja, o buraco negro não sofreria alteração física na sua composição, independentemente da natureza do que caiu nele.
Esta conclusão está de acordo com as leis da termodinâmica, mas se opõe às leis fundamentais da mecânica quântica.
"O que descobrimos da teoria das cordas é que toda a massa de um buraco negro não está sendo sugada para o centro, o buraco negro tenta comprimir as coisas até um ponto, mas depois as partículas são esticadas em cordas, e as cordas começam a esticar e expandir e se transformam em uma bola emaranhada que se expande até preencher a totalidade do buraco negro", explicou Samir Mathur, autor principal do estudo e professor de física na Universidade de Ohio.
O estudo, publicado em 28 de dezembro na Turkish Journal of Physics, descobriu que a teoria das cordas quase certamente contém a resposta para o paradoxo de Hawking, tal como os autores do artigo tinham originalmente acreditado.
Os físicos comprovaram teoremas para mostrar que a teoria das bolas emaranhadas continua sendo a solução mais provável para o referido paradoxo.
Anterior estudo de Mathur teorizava que os buracos negros eram semelhantes a bolas muito grandes e emaranhadas de fios – como uma "bola de lã" que se torna maior e mais emaranhada assim que novos objetos são sugados.
"Quanto maior o buraco negro [se torna] mais energia entra, e [assim] a bola de lã emaranhada se torna maior", disse Mathur no estudo anterior.
Os físicos descobriram que a teoria das cordas poderia ser a solução para o paradoxo de Hawking. Com essa estrutura de bola emaranhada, o buraco negro irradia como qualquer corpo normal, e deixa de existir qualquer quebra-cabeça.