De acordo com informações do The Guardian, o Google recebeu a maior penalização, 150 milhões de euros, o equivalente a quase R$ 1 bilhão. Enquanto isso, o Facebook vai ter que pagar o montante de 60 milhões de euros, cerca de R$ 385 milhões.
O motivo do processo foi a dificuldade gerada pelos sites facebook.com, google.fr e youtube.com na hora dos usuários recusarem o uso de cookies.
Os cookies são pequenos arquivos de texto, guardados pelos websites, que criam um perfil de atividade on-line de uma pessoa com o intuito de melhorar a experiência de navegação, mas, mais importante, são usados para fins comerciais pelas empresas.
"Quando você aceita os cookies, o processo é feito em um só clique [...] Rejeitar os cookies deveria ser tão simples quanto aceitá-los", disse a diretora de proteção de dados da CNIL, Karin Kiefer.
Na França e em outros países europeus, o consentimento quanto ao uso de cookies pelos sites é um dos pilares do regulamento de privacidade de dados da União Europeia.
As duas empresas divulgaram declarações sobre as acusações. Um porta-voz da Google disse que "nós entendemos nossa responsabilidade em proteger essa confiança [com os consumidores] e estamos nos comprometendo a fazer mais mudanças e trabalhar ativamente em conjunto com a CNIL".
A posição da Meta, a empresa dona do Facebook, já foi mais defensiva:
"Estamos analisando a decisão da autoridade e continuamos comprometidos em trabalhar com as autoridades relevantes. Nossos controles de consentimento de cookies fornecem um maior controle de seus dados para as pessoas, incluindo um novo menu de configurações no Facebook e Instagram, onde é possível revisitar e gerenciar suas decisões a qualquer momento, e nós continuamos desenvolvendo e melhorando esses controles", disse porta-voz da Meta.