De acordo com o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã, os três mísseis expostos não são novos. A entidade inclusive divulgou como os nomes dos armamentos: Dezful, Qiam e Zolfaghar. Estes mísseis iranianos têm alcance de 1.000 quilômetros.
A exibição dos projéteis aconteceu poucos dias depois da retomada das negociações sobre o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) em Viena, na Áustria. O Departamento de Estado dos EUA disse que o Irã deve "imprimir urgência" às negociações, ou se arriscará a perder qualquer chance de reativar o acordo.
"[O governo do Irã] espera que os Estados Unidos proponham um texto exequível para que um acordo seja alcançado no menor tempo possível", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Saeed Khatibzadeh, no mês passado.
Em 2015, o Irã assinou o JCPOA com o grupo de países P5+1, que consiste nos EUA, China, França, Rússia, Reino Unido mais Alemanha, e a União Europeia. O acordo obriga Teerã a reduzir seu programa nuclear e diminuir as reservas de urânio em troca do cancelamento de sanções, incluindo um embargo de armas de cinco anos.
Em maio de 2018, os EUA de Donald Trump abandonaram unilateralmente o acordo e voltaram a impor sanções ao Irã, levando o governo iraniano, um ano depois, a anunciar que estava começando a reduzir seus próprios compromissos com o JCPOA. Atualmente o Irão possui mais de 1.000 mísseis de curto e médio alcance e, segundo especialistas, teria intensificado a produção após afastamento dos EUA do JCPOA.
O governo de Joe Biden sinalizou que está pronto para retornar ao acordo com o Irã, com este país dizendo que a Casa Branca deveria primeiro cancelar todas as sanções contra a República Islâmica.