Félix Plasencia, ministro das Relações Exteriores da Venezuela, criticou no sábado (8) as declarações recentes de Bogotá, que falou de um "silêncio" da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) ante a recessão democrática de alguns países na região.
Saudamos o fato de, finalmente, a representação de [presidente colombiano Iván] Duque ter participado da reunião da CELAC sem sair pela porta de trás, como o fez no México, embora entendamos que tenha ido exercer seu triste papel de porta-voz dos EUA, em defesa do golpismo reinante na OEA [Organização de Estados Americanos].
Marta Lucía Ramírez questionou o silêncio da CELAC ante o retrocesso da democracia em países da região
Resulta paradoxal que em seu discurso a Colômbia, tentando atacar seus vizinhos, parece se denunciar a si mesma, devido a tantas violações de direitos humanos cometidas em 2021 por parte do desgoverno de Iván "Massacre" Duque, cujo único legado será ter torpedeado os Acordos de Paz [de 2016 com a guerrilha FARC].
Na sexta-feira (7) a Argentina assumiu em Buenos Aires a presidência rotativa da CELAC, que durará até o fim de 2022.
Marta Ramírez, vice-presidente e ministra das Relações Exteriores da Colômbia, referiu na ocasião um silêncio sobre a suposta direção negativa da democracia na América Latina.
"Não podemos manter um silêncio oportunista ante valores fundamentais que o foram e serão sempre em qualquer lugar, como têm sido a defesa da democracia, as liberdades e os direitos humanos, e como [eles] têm sido para esta mesma CELAC no passado recente", comentou ela.