"Exigimos que os Estados Unidos entendam e revejam seriamente seus erros, assumam a devida responsabilidade internacional e suspendam o congelamento de ativos e as sanções unilaterais ao Afeganistão o mais rápido possível", disse Wang.
O diplomata ressalta que os EUA são os principais responsáveis pela crise afegã. Por isso, segundo ele, os norte-americanos "não devem simplesmente virar as costas", muito menos aplicar sanções unilaterais que prejudiquem a economia do país e as condições de vida da população.
"O povo chinês simpatiza com as dificuldades que o povo afegão enfrenta atualmente", enfatizou Wang, observando que "embora os militares dos EUA tenham se retirado do Afeganistão, as consequências dos 20 anos de ocupação militar permanecem e se intensificarão".
Depois que o Talibã (organização sob sanções da ONU por atividade terrorista) assumiu o controle de Cabul, em agosto de 2021, os bancos ocidentais determinaram o congelamento de ativos internacionais do Afeganistão.
Em novembro, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) descobriu que os sistemas bancário e financeiro do Afeganistão estavam "em estado de caos" e poderiam levar décadas para se recuperar.
Segundo o Alto Comissário das Nações Unidas para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, o colapso da economia afegã está crescendo exponencialmente.