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Gleisi diz que Lula não ouvirá 'mimimi' do mercado financeiro e crava fim do 'teto de gastos'

Presidente do PT entende que o pleito de 2022 será uma eleição de posicionamento ideológico e que não é preciso "mais um Palocci" para acalmar o sistema financeiro.
Sputnik
A discussão a respeito do programa econômico do candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva ganhou um novo capitulo nesta segunda-feira (10), após declarações da presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
Ela saiu em defesa de Lula em uma entrevista para o jornal O Globo, após setores da imprensa criticarem o programa de governo petista, que pode rever alguns trechos da reforma trabalhista instituída por Michel Temer.
Deputada Federal pelo estado do Paraná e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann
A deputada Gleisi Hoffmann (PR) afirmou que a campanha petista não ouvirá o "mimimi" do mercado financeiro, e reforçou a tese de que um eventual governo Lula a partir de 2023 vai colocar fim "à política neoliberal" do país.
"A única coisa que não vamos fazer é quebrar contratos, como o [Jair] Bolsonaro fez com os precatórios. O resto nós vamos fazer. E não tem 'mimimi' do mercado. Um país que não tem dívida externa, que tem este mercado consumidor, não pode ter o povo com fome e sem renda", disse ela.
Segundo Gleisi, o teto de gastos, estourado por Jair Bolsonaro com a PEC dos Precatórios, está desmoralizado e será descartado em um próximo governo petista.

"O teto de gastos está desmoralizado e deve ser um dos primeiros a serem liquidados. Bolsonaro fez o orçamento de guerra e muitas outras coisas fora do teto aos olhos do mercado. Agora querem exigir de nós respeito ao teto?", indagou.

A presidenta do PT concluiu dizendo que as eleições deste ano serão de posicionamento ideológico, e não de composição política, como foi em 2002, e que não é preciso "mais um Antonio Palocci" para agradar ao sistema financeiro.
"Não tem necessidade de carta ao povo brasileiro, as pessoas já conhecem o Lula. Não precisamos mais de um Palocci", disse.
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