"Enfrentamos um ataque terrorista híbrido contra o Cazaquistão com o objetivo final de desestabilização geral e um possível golpe de Estado", disse Karin ao canal de TV cazaque Khabar 24 nesta segunda-feira (10).
Ele afirmou que houve uma "conspiração" de forças internas e externas e que, além de grupos terroristas, também foram usados ataques informacionais.
"Há uma certa conspiração de forças internas e certas [forças] externas, uma vez que os participantes dos, digamos, grupos de ataque terrorista, eram tanto cidadãos cazaques quanto cidadãos estrangeiros", disse Karin.
O secretário acrescentou que não seria correto descrever os eventos no Cazaquistão como uma tentativa de realizar uma revolução colorida, uma revolução de veludo, uma vez que tais cenários seriam ineficazes no Cazaquistão, dadas as circunstâncias específicas do país.
"Nosso país resistiu. As ações decisivas do presidente frustraram os planos de desestabilização, incluindo sua decisão de permitir [o ingresso] do contingente de manutenção da paz da CSTO. Tivemos uma situação muito crítica […] por isso era necessário tomar medidas duras e decisivas […]. O envolvimento das forças da CSTO frustrou os planos de desestabilização", observou.
Em 7 de janeiro, o presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokaev, declarou que os terroristas, inclusive os que chegaram do exterior, continuam a resistência, e prometeu liquidar quem não depusesse as armas.
Segundo os dados da ONU, cerca de 1.000 pessoas ficaram feridas em decorrência dos protestos. De acordo com os dados do Ministério do Interior do Cazaquistão, morreram 16 agentes das forças de segurança e mais de 1.300 foram feridos.